Fãs, astros e familiares dão adeus a Michael Jackson em Los Angeles

'O papai foi o melhor pai que eu poderia imaginar', disse a filha Paris.
Cerimônia teve presença de Brooke Shields, mas Liz Taylor não foi.

Em sua primeira declaração pública, a filha de Michael Jackson, Paris Michael Katherine Jackson, de 11 anos, foi às lágrimas ao falar sobre o seu pai diante de uma plateia de cerca de 18 mil fãs, amigos, representantes da música pop, estrelas do esporte e líderes religiosos e dos direitos civis que participaram da cerimônia de adeus ao cantor nesta terça-feira (7), em Los Angeles.

"Só queria dizer que, desde que eu nasci, o papai foi o melhor pai que eu poderia imaginar. Só queria dizer que eu te amo tanto", disse a garota, chorando muito e em uma das até agora raras aparições públicas sem o véu que o pai obrigava os filhos a usar. Dividindo o palco com irmãos de Jackson, ela foi abraçada e confortada por Janet Jackson.

O funeral público para Michael Jackson, que morreu no último dia 25 aos 50 anos, foi realizado no ginásio Staples Center e transmitido ao vivo para todo o mundo. Fechado e banhado a ouro, o caixão com o corpo do Rei do Pop se permaneceu diante do palco durante toda a cerimônia. Entre as celebridades presentes estavam as atrizes Brooke Shields e Queen Latifah, o jogador de basquete Magic Johnson e os reverendos Jesse Jackson e Al Sharpton.

Apesar do clima de respeito e solenidade, fãs aplaudiram e gritaram muito nos intervalos entre os discursos e os números musicais, que incluíram apresentações de Mariah Carey, Usher e Stevie Wonder. "Este é um momento que esperava que não viveria para ver chegar. Mas, até onde eu posso dizer, sei que Deus é bom. E sei que, por mais que sintamos e falemos que precisamos de Michael conosco, Deus deve precisar dele muito mais", disse Wonder antes de sentar-se ao piano para tocar a canção "I never dreamed you'd leave in summer".

Em muitos momentos, houve choro. "Tento encontrar palavras de conforto. Tento entender por que Deus tirou nosso irmão para voltar depois de uma visita tão curta na Terra", emocionou-se Marlon Jackson, usando uma luva de brilhantes como a que foi imortalizada por Michael. "Quero apenas pedir agora que dê ao irmão gêmeo, Brandon, um abraço por mim", completou Marlon, referindo-se ao irmão morto ainda no parto.

Joe e Katherine Jackson, pais do cantor, foram à cerimônia mas não fizeram declarações ao microfone.

Debbie Rowe, mãe de dois dos filhos de Michael Jackson, e a amiga Elizabeth Taylor, não participaram da despedida. Em sua página no Twitter, Taylor declarou que o evento era um "circo".

Em outro momento emocionante do funeral, a atriz Brooke Shields também chorou quando lembrou do amigo, a quem conheceu há 30 anos e chamou de "Pequeno Príncipe".

"Me lembro de quando nos conhecemos e de todo o tempo que passamos juntos. Sempre que saíamos, tinha uma foto sendo tirada ou alguma manchete que dizia algo como 'um casal esquisito, ou um 'par improvável'. Para nós, era a mais natural e fácil amizade", disse a ex-atriz mirim. "As pessoas se referiam a ele com frequência como o Rei. Mas, para mim, ele lembrava mais o Pequeno Príncipe", completou antes de ler um trecho do livro de Antoine de Saint-Exupéry.

Entre as celebridades que prestaram suas últimas homenagens ao astro do pop estava o fundador da gravadora Motown, Berry Gordy.

"A família Motown lamenta a morte de nosso irmão, que era como um filho para mim". O executivo da gravadora que lançou os Jackson Five lembrou-se do dia em que Michael, aos 10 anos, foi fazer testes na gravadora e cantou uma música do então já consagrado Smokey Robinson. "E eu achei que Michael cantou melhor! Depois, me encontrei com Smokey e disse a ele: eu acho que ele te pegou nessa. E Smokey disse: eu também!"

Em tom bem-humorado, Smokey Robinson, que também esteve presente ao funeral público no Staples Center, recordou-se de que quando viu Michael cantando pela primeira vez, na Motown, mal conseguia acreditar que era um garoto de 10 anos. "Eu queria ver a certidão de nascimento dele. Não acreditava que alguém tão jovem pudesse ter tanto feeling (sentimento), tanto soul (alma), e tanto conhecimento de causa pra cantar algo como aquilo", lembrou o lendário cantor da soul music, que, com o sucesso de Michael Jackson ao longo dos anos, passou a conviver com pedidos de fãs da nova geração para que cantasse em seus shows músicas gravadas por Jackson.

"Sou grato por ter vivido em uma época em que pude ver e conviver com o maior 'entretainer' de todos os tempos", reconheceu o astro da Motown.

Funeral

O corpo de Michael Jackson chegou em um comboio de carros ao ginásio Staples Center pouco antes das 14h (de Brasília), horário em que estava previsto o início do funeral público. Antes, familiares e amigos do cantor estiveram no cemitério Forest Lawn, nos arredores de Los Angeles, para participar de um funeral privado.

O caixão com o corpo de Michael Jackson foi carregado por seus irmãos para o altar montado no ginásio por volta das 14h30 ao som de um cântico gospel para que a cerimônia tivesse início.

Após um breve discurso do pastor Lucious Smith, a cantora Mariah Carey subiu ao palco para cantar a faixa "I'll be there" em dueto com Trey Lorenz. Jennifer Hudson ("Will you be there"), John Mayer ("Human nature"), Lionel Richie ("Jesus is love") além do irmão Jermaine Jackson ("Smile") também fizeram homenagens musicais ao astro pop. Usher cantou "Gone too soon", canção do álbum "Dangerous" (1991) que abre com os versos “como um cometa iluminando o céu noturno/ se foi cedo demais”.

A cerimônia, de pouco mais de duas horas de duração, terminou com todos no palco cantando um medley de "We are the world" e "Heal the world" acompanhados dos cantores e bailarinos que participariam da nova e frustrada turnê de Jackson, "This is it". "Agora, o Rei do Pop deve se ajoelhar aos pés do Rei dos Reis", disse o reverendo em uma prece ao final do funeral.

Maior que o Rei

A polícia de Los Angeles montou diversas barreiras para organizar o show de despedida. À agência Reuters um dos fãs que conseguiram ingresso no sorteio via internet comparou a cerimônia à de outros grandes astros da história. "Esta é certamente uma ocasião grandiosa de dimensões iguais, se não maiores, do que a morte de Elvis Presley", afirmou Steve Howard, que veio da cidade de Glendale, na Califórnia. No total, cerca de 1,6 milhão de pessoas se inscreveram para o sorteio dos 17,5 mil ingressos que foram colocados à disposição dos fãs.

Segundo o porta-voz do município de Los Angeles, os custos com o esquema de segurança para a homenagem são estimados entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões.

A Morte de Michael Jackson

Michael Jackson morreu no último dia 25 de junho, aos 50 anos, após sofrer uma parada cardíaca e ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center, em Los Angeles. Ele não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa e deu entrada no hospital em estado de coma.

Uma autópsia foi realizada no corpo do astro, mas teve resultados inconclusivos. Peritos do IML de Los Angeles e policiais responsáveis pela investigação aguardam os resultados de exames toxicológicos que podem ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte de Jackson. Declarações de pessoas próximas ao astro e colegas de trabalho sugerem que ele vinha abusando de medicamentos e que sua morte poderia ter sido causada por uma overdose de analgésicos.
fonte: G1.COM.BR
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8 de julho de 2009 às 06:36

bom dia!

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